Conhecimento
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POST MARKETING ERA
Prof. Dr. Manoel Marcondes Neto
Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
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Wesleinovação
‘Sou sem vergonha mesmo...’.
Sou um ávido consumidor de sorvetes. Mesmo no tempo frio – aliás, um hábito típico dos paulistas.
Há duas ótimas sorveterias na rua Visconde de Pirajá – a via mais importante do bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro: a de marca ‘Vero’ e a de marca ‘Venchi’. Juntam-se disputando os paladares com marcas como ‘Itália’ e ‘Groeländia’.
Até aí, tudo bem. Concorrência é bom e o consumidor aprecia – tanto nos segmentos populares (e, aí, no mesmo logradouro temos Bob’s e McDonald’s) quanto nos segmentos ditos ‘premium’.
Ocorre que neste segmento mais caro – uma única bola de sorvete pode chegar a custar 14 reais – fui apresentado, outro dia, pelo relato dos próprios atendentes, a uma nova forma de marketing concorrencial. Trata-se de uma prática que eu poderia classificar de ‘guerrilha’, mas que os meus botões insistem em reivindicar outra denominação, mais apropriada. A ela, pois:
Simplesmente, funcionários de uma das marcas ‘premium’ – em seus horários de folga – vão até a loja da marca concorrente e, na fila, dentro das dependências do oponente, começam a falar mal dos sabores disponíveis, da textura do sorvete e, até, do atendimento. E depois de contaminar vários ouvidos desavisados vão-se embora na maior cara de pau...
É isso – uma fofoca plantada ‘ao vivo’, na presença da ‘vítima’, gratuitamente, só para minar o moral do concorrente, seus produtos, seus funcionários.
Pensei, pensei, e o que me veio à mente lembra-me um fenômeno recente do rádio. Fui apresentado a um novo tipo de tática mercadológica; o ‘marketing safadão’.
Outros textos do autor:
O professor Manoel Marcondes Neto faz uma crítica ao comportamento nada ético de uma determinada estratégia de marketing em "moda" atualmente.
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